23 de abril de 2012

Tecnologia e Educação


A continua evolução e transformação tecnológica à escala global, tem influenciado as relações sociais. Neste contexto a escola, ambiente onde se constrói a educação formal, e como tal um ambiente de natureza social começa a refletir sobre a influência das novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. assim a escola vai-se apropriando do uso técnico dos recurssos tecnológicos pensando na forma metodológica para o ensino e torná-la mais adequada a esse contexto social. Neste sentido, surge a tecnologia educacional, como área de conhecimento em que a tecnologia se submete aos objetivos educacionais, procurando auxiliar no processo ensino/aprendizagem de modo a proporcionar formas adequadas de utilizar os recursos tecnológicos na educação. Desta forma, as tecnologia educacionais deixam de ser encaradas como meras ferramentas que tornam mais eficiêntes e eficazes as aulas, passando a ser encaradas como elementos estruturantes de um modo de pensar a educação. Deste modo, o seu uso e a sua importância para o ensino estão relacionados a aspetos, tais como: formação, envolvimento e compromisso de todos que atuam no processo educacional.

22 de abril de 2012

Lugares habitados

"George Sand diz que se pode classificar os homens segundo seu anseio de viver numa choupana ou num palácio. Mas a questão é mais complexa: quem tem um palácio sonha com uma choupana, quem tem uma choupana sonha com um palácio. Ou melhor, cada um de nós tem suas horas de choupana e suas horas de palácio. Descemos para morar perto da terra, no chão da choupana; e depois, em alguns castelos de Espanha, gostaríamos de dominar o horizonte. E quando a leitura nos ofereceu tantos lugares habitados, sabemos fazer repercutir em nós a dialética da choupana e do castelo." BACHELARD, Gaston. (1989). A Poética do Espaço. Livraria Martins Fontes Editora, p.76

19 de abril de 2012

Faculdade de Filosofia como «A Escola de Braga»


«Escola de Braga. A correspondência com Delfim Santos» é o nome do mais recente livro editado pelas Publicações da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa.

Preparado por José António Alves e Filipe Santos, este livro invoca a Faculdade de Filosofia de Braga (FacFil) e a importância que essa desempenha no âmbito cultural português. A obra reúne cartas de alguns jesuítas, fundadores da FacFil, com Delfim Santos, um dos grandes filósofos portugueses do século XX, demonstrando a partir daí o papel da FacFil no renascimento da Filosofia em Portugal.

I Colóquio Filosofia e Ensino da Filosofia



I COLÓQUIO


FILOSOFIA E ENSINO DA FILOSOFIA.


TRADIÇÃO E DESAFIOS PARA O FUTURO

Universidade do Minho, 7 de Maio de 2012



PROGRAMA

Manhã

9.00 h – Receção dos Participantes

9.30 h – Sessão de Abertura
Professor Doutor Leandro Almeida (Presidente do Instituto de Educação da Universidade do Minho)
Professor Doutor Carlos Estevão (Director dos Mestrados do Instituto de Educação)
Doutor Artur Manso (Coordenador do Mestrado de Ensino de Filosofia no Ensino Secundário)  

9.45h – 1ª Sessão .
Luisa Nogueira – Ensino da Filosofia nos Liceus. Que Ensino? Que Filosofia?
Alexandre Franco Sá – Filosofia e Ensino da Filosofia
Artur Manso - Da Utilidade das Coisas Inúteis ou  porque se deve ensinar Filosofia no Ensino Secundário

11.00 h – Pausa para café

11.15h – IIª Sessão
João Boavida – Pensamento e conhecimento em Filosofia
Paula Cristina Pereira – Filosofia e Espaço Público. O lugar da filosofia na cidade contemporânea
Custódia Martins – A Filosofia e a Arte de Pensar

12.30 h – Pausa para almoço

Tarde

14.30 h – IIIª Sessão
Conceição Moreira – O papel do Texto no Ensino da Filosofia
Artur Polónio – Manuais de Filosofia no Ensino Secundário: Para Quê?
João Mendes  – Problemas de consciência: reflexões sobre a deontologia da profissão docente

15.45 – pausa para café

16.00h – IVª Sessão
José António Alves – O Ensino da Filosofia na Universidade Portuguesa: 1930 a 1957
Manuel Curado – A Área do Pensamento Crítico no Ensino da Filosofia

17.30 h - Sessão de Encerramento

Comissão Científica
Professor Doutor Carlos Estevão
Professora Doutora Laurinda Leite
Professor Doutor Alberto Filipe Araújo
Professor Doutor Manuel Gama
Professor Doutor Fernando Machado

Comissão Organizadora
Doutor Artur Manso
Doutor Manuel Curado
Doutora Custódia Martins

Local
Instituto de Educação - Anfiteatro Multimédia

15 de abril de 2012

Questões de gosto

É importante rejeitar uma certa ideia popular de gosto estético, a ideia cuidadosamente guardada na máxima familiar de que “gostos não se discutem” (“de gusbitus non est disputandum”). É claro que ninguém acredita realmente na máxima latina: são precisamente as questões de gosto que os homens têm mais propensão para discutir. A preferência significa para nós mais que mero prazer ou satisfação. É o resultado do pensamento e da educação. Exprime sentimentos morais, religiosos, políticos e outros com que a nossa identidade se confunde. Tal como em casos de moral e de ciência, não podemos empenhar-nos numa discussão estética sem sentirmos que a parte contrária está errada. As preferências podem ser educadas; não são em regra, o resultado de um processo de treino como o que seria ministrado a um cavalo ou a um cão. Pelo contrário, os gostos são adquiridos pela instrução, pela aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de valores.

13 de abril de 2012

Colóquio Internacional Narrativas do Poder Feminino

Com o objetivo de promover e estimular uma reflexão crítica sobre a permanência de figuras, valores e perspetivas da Antiguidade Clássica na Literatura e na Cultura Ocidentais, o Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, em Braga, através da sua Linha de Investigação Estudos Literários e Culturais, Projecto 3 - "Matrizes Clássicas - da Antiguidade à Modernidade", está a organizar um Colóquio Internacional, subordinado ao tema «Narrativas do Poder Feminino».

O Colóquio, a realizar-se nos dias 26 e 27 de abril de 2012, nas instalações da Faculdade de Filosofia de Braga, pretende abordar, a partir da conjugação de vários campos de investigação (Estudos Clássicos, Estudos Literários, Psicologia e Sociologia e Estudos Artísticos, Culturais e Históricos), unidos pela necessidade de manter vivo o legado de uma etapa da história da humanidade centrada na figura humana em todas as suas dimensões, a temática da relação da mulher com o poder, do modo como foi interpretada e narrada na Antiguidade e das suas reinterpretações posteriores.

Desde a Antiguidade que a relação entre a mulher e o poder foi pautada por bastante ambiguidade. Cedo existiu uma associação correlativa do poder à força física, apanágio do género masculino. A fragilidade feminina, aumentada pela sua alegada instabilidade emocional, tornava-a inadequada para o exercício de qualquer poder aos olhos de sociedades eminentemente guerreiras. Ainda assim, uma mulher como Helena foi poderosa a ponto de causar a guerra mítica que marcou toda a tradição clássica e escapar incólume; e nessa epopeia várias mulheres mostraram o quanto podiam influenciar o homem, havendo até aves rarae, como as Amazonas, que usurpavam os domínios masculinos da guerra e do trono.

A Grécia Clássica olhará com estranheza e receio criaturas como as Bacantes, que o álcool transformava em animais selvagens, e as Bárbaras, detentoras de artes mágicas e paixões incontroláveis. Mulheres como a mítica Medeia e a inquietante rainha Olímpia eram a prova do que sucedia quando se dava rédea solta a um ser escravo das paixões. Apesar de existirem grandes mulheres como Aspásia por detrás de grandes homens como Péricles, a reação foi remeter a mulher livre para o recato do lar, impedindo o seu acesso à vida política e controlando os seus bens e vida privada através de tutores. Tal exemplo, em parte seguido numa Roma assustada pelas orientais Cleópatra e Zenóbia, será projetado para a posteridade e associado ao modelo semítico na herança judaico-cristã.

Passados longos séculos em que o desenvolvimento das ideias, da ciência e da sociedade ocidental levou ao debate em torno das capacidades e direitos femininos, as marcas do passado cristalizado no legado clássico continuam visíveis.

Não só as personagens da Antiguidade persistem no nosso imaginário, inspirando novas interpretações artísticas e científicas, como a ideia da supremacia masculina domina todos os níveis da realidade, refletindo-se na própria linguagem e sendo assumida pelas mulheres, mais ou menos conscientemente. É assim que sempre que uma mulher assume o poder se vê confrontada com os estereótipos eminentemente masculinos.

Mas o poder feminino exerce-se também noutros âmbitos, da família ao espaço laboral e público em que ela cada vez mais imerge, quer por necessidades financeiras, quer para se realizar como ser humano. Novos desafios, de algum modo já visíveis no passado, resultam da "vida dupla" que a sociedade contemporânea exige à mulher, sem lhe dar quase nada em troca: mãe e companheira do homem num mundo muito complexo e veloz, ela é também obrigada a assumir, na sua vida profissional, uma competência e intensidade padronizadas de acordo com o masculino. Para vencer, deve ser como um homem, mas será condenada socialmente se perder a dimensão feminina.

Existe uma forma feminina de exercer o Poder? É essencial ser poderosa de algum modo para ser bem sucedida? Em que medida continuam presentes as marcas da Antiguidade Clássica?
O Colóquio Internacional "Narrativas do Poder Feminino" pretende debater estas e outras questões de modo a partilhar, de forma interdisciplinar, as experiências e estudos que várias áreas do saber têm desenvolvido sobre este tema de tão grande actualidade.

12 de abril de 2012

Pensar é preciso! A filosofia mantém desperto o espirito crítico, na medida em que nos confronta com interppretações, compreensões e explicações diversas para um mesmo problema ou situação. Apresenta razões e objeções, desperta dúvida e inquietação mental.

9 de abril de 2012



Sócrates: o homem mais sábio de todos. Para o pensador grego, só voltando-se para seu interior o homem chega à sabedoria e se realiza como pessoa.


O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la  no homem e na  sua  alma (em grego, a  psiqué).  A preocupação de Sócrates era levar as pessoas,  por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.


Nessa empreitada de colocar a filosofia ao serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época,  voltaram -se igualmente para o homem, mas com um objetivo  mais  imediato: formar as  elites  dirigentes. Isso significava  transmitir aos jovens  não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver  a sua eloquência, que era a principal habilidade esperada de um político. Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao  distinguir  o  mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas estatuto de realidade; e a outra é a realista,  partindo  de  Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que  submeteu  as suas idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.

4 de abril de 2012

III Encontros sobre Ética e Filosofia Política


Após dois encontros de sucesso nos anos anteriores, terá lugar no Campus de Gualtar, Universidade do Minho, nos dias 4 e 5 de Maio 2012, o terceiro ano dos Encontros de Ética e Filosofia Política. Este ano contamos com a presença do Professor David Owen, da Universidade de Salamanca, como conferencista convidado. David Owen dará duas conferências: uma no âmbito da ética e outra no âmbito da filosofia política.

Estes Encontros pretendem ser espaços de discussão e troca de ideias, onde os participantes possam expor o seu trabalho e ter feedback de colegas no âmbito da ética, teoria moral, teoria política e filosofia política. Sendo assim, a Universidade aceita propostas de comunicações de pensadores e/ou estudantes de graduação e pós-graduação que estejam a desenvolver trabalho no âmbito da ética, teoria moral, teoria política e filosofia política. As comunicações podem ser feitas em português, inglês ou francês.

Para apresentar uma proposta de comunicação, deve-se enviar: contacto e afiliação, resumo (300-500 palavras) e 5 palavras chave, até 15 de Abril, para os endereços nunesdacosta@yahoo.com e patricia_fernandes_slb@hotmail.com.